É tudo tão simples

Foi assim: estava em Congonhas, esperando o vôo SP-POA às 22h de uma terça-feira, depois de ter praticamente virado a noite anterior, ter perdido o primeiro vôo de ida pra essa cidade de manhã cedo e, ter tido um dia ótimo, mas beeem corrido em São Paulo.

O plano A, depois de ter cochilado no taxi à caminho do aeroporto (o táxista me acordou com um “psssiu” – how cute!?) era chegar no avião, colar um bilhete no peito dizendo “aeromoça, por favor me acorde em Porto Alegre” e dormir (quase) eternamente.

Mas passei em frente a livraria e avistei o livro novo da Danuza Leão, “É tudo tão simples”. E como amei “Quase tudo” (o livro anterior dela), não resisti e comprei, para ler depois.

tudo-tao-simples

Comecei a leitura na espera do embarque que, a essas alturas, já pensava: infelizmente não atrasou…

O avião estava vazio e seria perfeito deitar em 3 poltronas só minhas, mas fiquei sentada sem nem recostar o assento o vôo todo e, quando vi, aterrisamos e o livro estava em suas últimas páginas. Nem pestanejei.

Eu adorei e quero recomendar a leitura (embora não seja uma leitura sobre moda, como geralmente é), mas sob algumas condições:

Não é uma leitura fácil. Quer dizer, ler é suuuper fácil, gostoso, o livro é bem humorado e bem escrito, mas é que nesta espécie de guia de etiqueta da vida moderna, Danuza dá dicas para simplificar a vida, viver de forma mais leve e prática, o que acredito, seja coisa que todas nós desejamos.

No entanto, muitas destas dicas eu, aos 31, não me sinto apta a aderir. O motivo é muito simples, estou no que ela chama de segunda fase da vida e, pessoalmente, acho que estou no momento de complicar as coisas, pra daqui a pouco aprender e começar a simplificar.

Outras dicas acho que não, independemente do quanto viver, não vou querer aproveitar.

De qualquer forma, vale muito a leitura, a experiência de seu senso de humor refinado e até suas manias engraçadas . Se estiver de bobeira neste final de semana, vale!

Danuza e sua vida incrível, com passagens das mais fantásticas até as mais tristes (se vc não conhece a história vale muito ler “Quase tudo”), é como aquela amiga mais velha que te diz: “calma, se for pra será” OU “não esquente a cabeça com isso agora, nada como um dia após a outro e daqui a pouco vamos rir de tudo isso” -mesmo que de uma forma menoscute e mais imperativa, sabe assim?

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